segunda-feira, 17 de agosto de 2009

VÍDEO: PRIMEIROS PASSOS


Desde lá de São João do Panelinha, do tempo em que eu ouvia dizer que na cidade grande tinha um rádio que dava pra ver as pessoas dentro, que eu alimentava o desejo de mexer nessas geringonças que armazenam sons e imagens. Além do rádio, tinha o retratista, que de muito ilustre e requisitado, fazia crescer o mistério e o fascínio por trás daqueles mundos - o dos artistas e o dos bastidores. O custo daquelas geringonças, embora estratosférico, não desanimava! E ainda se tinha que ir pra Bahia ou pro Sul pra fazer curso e coisa e tal. Então já eram muitos os motivos pra deixar Panelinha, pra ver o mundo, pra estudar, pra trabalhar e juntar...

Demorou um tempão até ver o tal rádio com gente dentro, e outro tanto até conseguir botar a mão numa primeira Kodak Tira-teima cujo filme demoraaaaava pra revelar! Foi massa ver a foto tirada pelo turista, lá no Lacerda, com resultado na hora! Aí, o tempo entre os saltos tecnológicos começava a diminuir: o K-7 já acompanhava o lançamento dos Long Plays e o toca-fitas também já podia gravar. Gravava de tudo: do rádio, da TV, todo tipo de ruído - de trem, de ônibus, de chuva, de passos, trilhas para um futuro...

Um dia, o videocassete ficou acessível, em 24 vezes! Mais tarde, a possibilidade de juntar dois, pra copiar e colar - antecedentes do ctrl+c, ctrl+v! Enquanto não chegava a filmadora, esperava pacientemente, gravando, cortando e colando com um único cabo coaxial, sem nem saber que aquilo era edição.

Criei um monte de Frankensteins, misturando canais e programas, numa salada medonha! Ninguém gostava do produto final. Eu sim!
Finalmente, já na Academia, a câmera! E junto com ela o Adobe! Boom! O primeiro vídeo! E sendo o primeiro, há que se saber que era tudo novo, noutra lógica, em equipe, com prazo curto e tra/va/men/to do sistema que o Biu Gueites inventou... Mas ficou pronto. É um marco: Boa "Leitura" pra você.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

DA GRAVAÇÃO DE "ANÔNIMOS"

O SORRISO DE "SEU" ANTÔNIO

No dia da gravação (05/12/08), "Seu" Antônio apareceu impecável! Acordou (nem dormiu!) às 5 e comeu muito feijão com arroz pra começar bem o dia e durar até onde desse. Ele sabia que o dia ia ser intenso, mas não tinha idéia do quanto.

A gravação começou pela Sorveteria, às 8h da manhã, só pra registrar a chegada dele e a coleta dos picolés. Mas, só ali, foram muuuuuuitos takes, com muitos transeuntes, muitas buzinas, música diegética demais da conta, muitos kill, e faz assim, e faz de novo... Em meio a tanto furdunço, a orquestra seguia afinada sob a firme e leve batuta de Luciana, que ainda teve tempo pra ensinar, explicando a razão dos tantos takes e planos, já pensando na edição. Foram duas câmeras, gravando simultaneamente, com Militão e Amina, mais a câmera de Daniela, registrando meio que making of. Aprender fazendo é tudo! Inda mais quando se vê, também, na prática, o tanto que já se aprendeu.

Mais takes e, depois, picolé pra todo mundo, de todos os sabores, servidos por "Seu" Arnaldo, o dono da sorveteria, e sua filha, Laís, felizes com a movie-mentação.
Do Bonocô ao Doron fomos em comboio: o carro da equipe, o de Pinduca, lindão! - o carro! - e mais um tomado emprestado, só por causa do ar-condicionado, pra levar o nosso Antônio que não parou de falar um segundo sequer, mas sem suar tanto, pelo menos.

Chegando ao Doron, o tempo mudou! (Bem que Mariana falou!) Mas, graças a Deus, logo mudou de novo e aí, sob a batuta, ônibus, ladeiras, subidas, descidas, boom, lapela, tudo fluiu. Tinha hora que a equipe parecia corda de caranguejo, mas como num balé, ora andando de costa, ora de lado, ora de frente, pra garantir o melhor. "Seu" Antônio sorria, mesmo cansado, repetia, subia e descia outra vez. E foi assim, com pausas pra picolés, pois, sensíveis à questão, colaboramos com a vendagem do dia.

E veio o meio-dia! e o cheiro que saía das janelas nos fazia delirar. Não fossem os picolés, teríamos invadido alguma cozinha... O que quer dizer mesmo catering by nos créditos hollywoodianos? Well, deixa pra lá. O importante é que "Seu" Antônio falou, contou suas histórias e até sambou. A equipe, que ficou gratuitamente bronzeada, está de parabéns!!!

14 horas: ainda havia takes pra fazer. Nosso semblante já não era o mesmo, de cansaço e de rango. Mas o sorriso de Seu Antônio...

Abraços a todos e a todas,

Geraldo Seara


DA GRAVAÇÃO DO "BAHIA ASSIM"

Geraldo Seara.O SUBÚRBIO DO "BAHIA ASSIM"

O que foi felicidade
Me mata agora de saudade
Velhos tempos...
Belos dias!
(Roberto e Erasmo)

Eu me lembro com saudade...

Um dos meus sonhos era andar de trem. Costumava vê-los na televisão Telefunken, quando eu era televizinho de alguém, e era inevitável inserir, na trilha do meu pensamento, o som do trem-de-ferro, quando este ia pra Pernambuco, fazendo vuco-vuco, até chegar no Ceará. E alimentava o sonho de andar num, qualquer dia... Nem sabia que o "progresso" tinha planos de arquivar locomotivas e estradas de ferro, ante a chegada das rodas de borracha.

Lá onde eu nasci - dizem! - tem gente fugida até hoje, desde o dia em que, num início de noite, luzes foram avistadas na estrada de terra batida, se aproximando do arraial. Foi gente pra tudo quanto é lado! Os corajosos que sobraram - dos quais devo ser um descendente - elucidaram o mistério: era um Ford bigode anunciando que o progresso estava chegando e, com ele, os inserts no meu sonho: consegui andar de marinete, de jeep e de rural. Trem mesmo, só o das 11, no alto-falante da praça.

Um dia, já na Bahia - era assim que chamávamos a capital - num dia de feira, um furdunço só: feirantes correndo pra retirar, apressadamente, os tabuleiros da rua, ao som de uma buzina grave, forte e bem alta. Tabuleiros já de um lado e de outro e ali, bem no meio, surgiu majestoso, e passando, um trem! Uau! Um trem!!! Parecia vindo do além, pois do nada surgiu. De onde veio mesmo? Pra onde ia? - Do subúrbio pro porto, via Feira de São Joaquim!

No dia seguinte, da Calçada ao último destino lá fui eu, feliz da vida! Igual a como passando num subúrbio, eu muito bem, vindo de trem de algum lugar... Viva o Chico! As casas simples com cadeiras na calçada... Tudo, tudo ali. Meu sonho se concretizou. Não perdi aquele trem!

Viajei outras vezes pra ver mais, além das paisagens. Chamou-me a atenção os escritos nas paredes dos vagões. Nomes e datas descortinavam a vida daquela gente.

Pra minha surpresa, muito tempo depois, já como professor, conheci a dona de um dos escritos. Alguém que, entre outras coisas (lícitas!), também comemorava os aniversários no trem. Estou falando de uma professora chamada Dayse, do Colégio 7 de Setembro, no subúrbio. (Cris a conhece). Quanta história de trem essa moça tem pra contar!...

Cris e Claudia, muuuuuuuito obrigado. Vocês me levaram de volta pra lá!

Abração,

domingo, 19 de julho de 2009

VÍDEO SOBRE OSMOSE

Acompanhei uma aula prática no Laboratório de Biologia do CEGRS. As imagens foram gravadas com uma câmera de apenas 3.1 pixels e editadas com o VirtualDub.

VIDEOS COM ALUNOS

Eis uma pequena mostra de atividades com vídeo realizadas com alunos da rede pública estadual de ensino. As imagens, capturadas com uma câmera digitail de 3.1 pixels, foram editadas com o VirtualDub, um programinha freeware, bem leve e poderoso, disponível na web.

Nesta primeira janela, um pequeno exemplo de que é possível ir além do verbo to be nas aulas de inglês, em escolas públicas.



Ainda nas aulas de Inglês - e como parte do projeto NTIC -, os alunos participaram de várias atividades com uso da linguagem audiovisual. A proposta era a de ampliar o senso crítico dos alunos acerca do mundo do rádio, cinema e TV, através de algumas de suas técnicas. Ao final das atividades, novas palavras em inglês foram incorporadas ao vocabulário e, com elas, novos conceitos.



Segunda parte da atividade acima:



Sobre dublagem:

quarta-feira, 8 de julho de 2009

TÔ NA TELA

O documentário OMNIBUS UM UNIVERSO EM MOVIMENTO, que traz no título toda a sua natureza, já pode ser assistido online.

Idealizado por Rodrigo Maia, com roteiro de Marcus Leone, o filme, que foi dirigido por Márcio Santos, revela o movimento no interior dos ônibus coletivos, nas viagens rotineiras, denunciando abusos, descasos, casos e - até! - acordos de casamentos, acontecidos entre uma viagem e outra...

O DOC foi dividido em duas partes e pode ser assistido tanto no blog de Marcio Santos, quanto aqui.

Parte 1:



Parte 2:

INTERCÂMBIO BRASIL/EUA

Prof. Geraldo e alunos da Somerville High School.
Como ainda me fazem perguntas sobre a Fulbright e o intercâmbio de professores brasileiros e americanos, decidi manter no ar uma espécie de journal (bem sucinto) sobre a experiência em algumas escolas de Boston , Somerville, Cambridge e Framingham/MA.

Participei do programa-piloto como professor da rede pública estadual de ensino, tendo sido esta uma das condições para a seleção. Viajei com outros dois professores baianos e mais três do Ceará.

O site está em inglês (de quase 10 anos atrás - dê desconto!) e, apesar da promessa, nunca encontrei tempo para uma versão no nosso vernáculo.


Geraldo.

terça-feira, 7 de julho de 2009

POST-SCRIPTUM

Post-Scriptum ou P.S (do Latim, significa literalmente "escrito depois"), originariamente, indicava algo que julgasse necessário acrescentar a uma carta após o seu encerramento (fecho, assinatura, etc). Com o tempo, foi-se percebendo que esta fórmula, além de servir para corrigir os lapsos de memória ou simplesmente informar que havia ocorrido alterações depois que havia-se dado a carta por concluída.

O Post-Scriptum pode também ser utilizado como uma estratégia retórica: depois de percorrer todo o corpo do texto, o leitor se depara com uma idéia posta em destaque, colocada ali com suposta despreocupação, que equivaleria na fala ao "Ah! Antes que eu me esqueça ...", que sempre anuncia o que de mais importante tem-se a dizer. É justamente esse efeito do post scriptum que explica a sua utilização nas cartas e mensagens escritas no computador, uma vez que, com os recursos de correção e arrependimento trazidos pelos processadores de texto, o usário pode simplesmente incluir no texto o que tinha esquecido.

Em português o termo equivalente é "pós-escrito", uma expressão modernizada encontrada em alguns dicionários. Ainda assim, mantém-se a abreveatura "P.S.".

Fonte: "http://pt.wikipedia.org/wiki/Post-Scriptum" acessado em 07/07/2009.