quarta-feira, 19 de outubro de 2011

SER PROFESSOR - EIS A QUESTÃO



Homenagem da Secretaria Estadual de Educação da Bahia e dos estudantes aos professores da rede pública de ensino - Campanha Todos Pela Escola.

Um vídeo de Toni Couto.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

REDE ANÍSIO TEIXEIRA NA FLICA



Foto: Peterson Azevedo



Começa a Festa Literária Internacional de Cachoeira


Por: Joalva Moraes

A primeira Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) foi aberta na noite da terça-feira (11), no Convento do Carmo. A cerimônia de abertura contou com a presença de políticos e de representantes da cultura e das artes baianas, como Albino Rubim - Secretário da Cultura da Bahia, Olívia Santana - Vereadora de Salvador, Lourival Trindade - Secretário da Cultura e Turismo de Cachoeira, Amélia Maraux, representando o Secretário da Educação, Osvaldo Barreto, Iara Sydenstricker - roteirista, Guilherme Maia – professor da UFRB, Jackson Costa e Ricardo Bittencourt – atores.



Os organizadores da Flica disseram que pretendem inaugurar um novo formato para os eventos de literatura, estimulando a leitura a partir de uma maior interação entre escritores e seu público, além de investir na tríade Cultura – Educação – Turismo. Para tanto, contaram com parcerias de órgãos públicos e de grandes empresas.

O Secretário da Cultura e Turismo da cidade de Cachoeira, Lourival Trindade, afirmou que esse evento é um divisor de águas para o município por sua relevância: “Faltava esse evento para consolidar Cachoeira como uma cidade que possui um apelo cultural muito forte”.
Após essa cerimônia, o jornalista Jefferson Beltrão convidou Fernando Morais, Raquel Cozer e Miguel Sanches Neto para comporem a primeira mesa da Festa. Num bate-papo descontraído, os participantes debateram temas, como o panorama atual da produção literária brasileira, o mercado literário, o poder das editoras, a pirataria.





Fernando Morais, conhecido pelos seus livros biográficos, explicou a função da sua literatura: “Desenterrar o defunto e colocá-lo para andar como se estivesse vivo, sem canonizar ou crucificar”. Sobre o alto preço dos livros no Brasil, Morais disse que isso só terá solução com políticas públicas que invistam na Educação Pública de qualidade, como idealizou, no passado, o educador Anísio Teixeira e na implantação de bibliotecas públicas que possuam um acervo atualizado, em todo o país.
Miguel Sanches Neto, que além de escritor é também doutor em Letras, declarou que a Literatura no Brasil, dentro da produção cultural, é a menos valorizada, uma vez que existe um descaso com a literatura contemporânea nacional. Para ele, o escritor não precisa se render ao mercado, considerando o conceito de long seller (resultado a longo prazo). 

Já a jornalista especializada em literatura e mercado editorial, Raquel Cozer, informou que a produção literária nacional da atualidade é intensa, mas que é muito raro um autor desconhecido ter seu livro publicado pelas grandes editoras. Raquel declarou também que os livros nacionais que mais vendem são os de não-ficção.

A noite terminou com o show, aberto ao público, da Orkestra Rumpilezz, na Praça Cachoeira, no porto da cidade.



Fotos: Peterson Azevedo



domingo, 7 de agosto de 2011

QUESTÃO DE LÍNGUA*: OF ou OFF?

Geraldo SearaMAKING OF OU MAKING OFF

Geraldo Seara

Engana-se quem pensa que as gramáticas podem deter a evolução natural das línguas. As normas que as regulam podem e devem retardar as alterações por um longo tempo, mas chegará o dia em que o uso livre, fluido e natural dos falantes baterá o martelo. Não sou contra as normas, pois sei que se elas não existissem, viveríamos perdidos, isolados pela provável falta de comunicação eficiente. Aliás, sobre isso, os meios de comunicação corroboram a manutenção da unidade linguística das nações, ainda que diversos sejam os falares numa mesma área geográfica. Assim, os jornais e novelas, televisados, radiofônicos ou impressos se espalham do Oiapoque ao Chuí, no nosso caso, garantindo a unidade e, por vezes, a diversidade, quando leva o “tu vai” pra quem diz “tu vais” e vice-versa. E seguimos na comunicação.

Quanto aos estrangeirismos, tupy or not tupy! (peço licença): os termos de fora vão virando futebol (in. football), encrenca (al. ein krank), detalhe (fr. détail), deletar (in. delete) e por aí vai. Afinal, ninguém tem a obrigação de dizer o que não se acomoda na articulação, nem de conhecer sobre tudo que venha de fora. Desse modo, alguns termos ainda não aportuguesados − ou preferíveis aos equivalentes na nossa língua − vão causando alguns transtornos. Por exemplo, o “ROM” de CD-ROM, que chegou com o informatiquês, se mistura com o “room” de “show room”, há mais tempo entre nós. Lembro-me de já ter sido corrigido, quando pronunciei corretamente [si.di.rom], como se eu tivesse cometido um crime. Cansado de lutar, cedi à pronúncia [se.de.rrum] da maioria, pra não parecer um ET, isso no finalzinho do século XX. Entre os falantes nativos de inglês, a diferença entre ROM (Read Only Memory) e room (sala, aposento) permanece. Por aqui, entre muitos, tanto faz.

E o making of?

De modo análogo ao descrito para CD-ROM, já estamos acostumados a ver o termo off, tanto no liga-desliga dos aparelhos (on-off) quanto − e principalmente − nas liquidações dos shopping centers e nas propagandas impressas. Quem é que resiste a 70, 90% OFF?! Aí, na hora de grafar making of, pimba! Surge mais um “f”. Tá errado? Bem, os falantes da língua inglesa (nativos ou não), certamente, estranharão. Mas entre outros, está tudo bem. Com “f” ou “ff”, todo mundo sabe do que se trata. Outra possível explicação para o uso de off pode advir do sentido da partícula, que indica “separação”, “fora”. Assim, para alguns, se o making of serve para exibir o que ficou de “fora” do filme, então nada melhor do que a partícula off. Só que esse gênero pode também contemplar o que foi descartado, mas destina-se, principalmente, para os bastidores das filmagens, ou seja, o modo como tudo aconteceu, ou a “feitura de”, na tradução aproximada de making of.

Para quem quiser se certificar do que é correto para os falantes do inglês, veja como o termo aparece nos links para os vários making of dos próprios estúdios americanos e ingleses. Verão que os “ff” vêm de produções brasileiras e que os anglofônicos grafam com um "f" só, já que com dois não faz sentido pra eles, quando aplicado aos "bastidores das filmagens". Ademais, em inglês, existe a expressão make off que tem o sentido de "sair apressadamente" e que com a preposição with passa a ter o sentido de "furtar", de acordo com o dicionário online Marriam-Webster (o link vai direto para o verbete).

Por fim, eis um trecho do que está posto no site da Veja, na coluna "Sobre Palavra" de Sérgio Rodrigues:

[...] Os dois lados têm sua dose de razão. Seja como for, uma coisa é indiscutível: a degeneração ortográfica making off, que parece ser de uso ainda mais frequente do que a forma correta em nossa imprensa cultural, revela, esta sim, um traço constrangedor da macaqueação linguística – a ignorância alvar, a falta de juízo crítico. Se vamos ser anglófilos, que tal aprender um pouco de inglês, em vez de achar que dobrar consoantes é sempre mais chique? Processo de produção (making) de (of) um objeto cultural, é só disso que se trata. Making off – substantivação de to make off, “fugir, dar no pé” – seria no máximo algo como fuga. Fuja dele.

-----------------------------------------------------
(*)QUESTÃO DE LÍNGUA é um dos interprogramas da TV Anísio Teixeira.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

VIDEO ESCOLA 1997 / FECON 1998

Que tal matar a saudade? Consegui encontrar no acervo do IAT esses episódios do VIVER A ESCOLA, uma série produzida pela Secretaria de Educação da Bahia / Instituto Anísio Teixeira, em parceria com a TVE, que tinha como objetivo apresentar as experiências das escolas públicas espalhadas pelo estado.

No episódio sobre o VIDEOESCOLA, a experiência do uso pedagógico da TV e do vídeo em sala de aula, no Colégio Estadual Governador Roberto Santos - CEGRS, gravado em 1997 (é preciso dar os devidos descontos):

CEGRS Videoescola 1997 from Geraldo Seara on Vimeo.


Neste outro episódio, no mesmo colégio, em 1998, foi gravada a Feira do Conhecimmento:

CEGRS Feira do Conhecimento 1998 from Geraldo Seara on Vimeo.