quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Formação em Produções para Multimeios

 

Já ouviram falar em Cobertura Colaborativa? Este é o nome dado ao resultado prático de uma das ações formativas que o Instituto Anísio Teixeira (IAT) oferece às escolas da rede pública do estado da Bahia, através dos professores que fazem parte do Programa Rede Anísio Teixeira

Cada vez que acontece algum grande evento voltado para a educação, seja ela localizado no próprio IAT, ou fora, a exemplo dos encontros estudantis anuais da SEC, realizados na Arena Fonte Nova, ou mesmo eventos externos, como a Campus Party, preparamos os estudantes para que eles mesmos possam realizar a cobertura dos eventos.

Assim, em duas semanas, os estudantes passam pelas oficinas de produção para multimeios (rádio, TV e Blog), para que, eles mesmos, escolham as pautas, façam a pré-produção, produção, realização, edição/finalização e publicação dos seus trabalhos na Plataforma Anísio Teixeira, nos seguintes canais da TV Anísio Teixeira, da Rádio Anísio Teixeira e do Blog da Rede.

Veja, abaixo, um pequeno resumo do que acontece nessas formações:

 

Para ver o resultado do que os estudantes produziram, acesse os seguintes canais:

Blog da Rede
Maker no Festival de Incenção e Criatividade

TV Anísio Teixeira
Aprendizagem Criativa e Cultura Maker
Cultura Maker e Educação, com Sora Lacerda 

Rádio Anísio Teixeira:
Rádio Anísio Teixeira - Entrevista com Sora Lacerda

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Primeiros habitantes



Fig. 1: Tupinambá a caminho da escola. Foto: Geraldo Seara.

Havia uma coisa que a primeira professora do lugar onde nasci não sabia. E se soubesse, teria procedido de um outro modo. É que sua escola ficava muito próxima da zona rural da cidade de Camacã e, com frequência, era visitada por alguns indígenas locais. E mesmo que estes não fizessem nada e também que nada dissessem, causava medo. Esse medo era provocado pelas histórias dos colonizadores que sempre mostravam os indígenas como selvagens e perigosos. Eles entravam na sala de aula e, ao contrário do que se esperava que acontecesse, eles apenas ficavam parados, observando. Mesmo assim, a professora lhes oferecia doces e presentinhos, de tanto medo que sentia. E eles voltavam sempre. 

Recorri aos relatos orais de parentes da professora, que, por sua vez, escutaram de seus pais, de seus avós. E cada vez que ouço as narrativas, tenho mais certeza de que não era atrás de doces e presentes que os indígenas retornavam àquela escola. Eles queriam aprender mais e sabiam, por observação, que ali era lugar de se fazerem iguais. Se soubesse – e pudesse –, aquela professora os teria incluído, de tão atentos que eram à mágica dos riscos no quadro de giz, que faziam as crianças entoar vogais, sílabas e versos, o que os deixava maravilhados. Certamente, era isso que buscavam.

Esses kamakã, talvez, tivessem como inspiração o indígena que tinha se tornado muito conhecido na região por sua luta pela recuperação das terras invadidas, principalmente no tempo da expansão da lavoura cacaueira. Esse outro indígena, conhecido como Caboclo Marcellino, sabia ler e escrever e, além disso, era eleitor. Isso, segundo a imprensa da década de 1930 e seguintes, fazia dele um aproveitador da ingenuidade indígena. Era clara a intenção de desqualificá-lo como liderança, imputando-lhe, inclusive, crimes hediondos, os quais nunca foram comprovados. Mesmo assim, foi preso e torturado. Seu paradeiro, até hoje ninguém sabe.

Fig. 2: Reportagem de 03/11/1930 sobre primeira prisão de Marcellino.

Em 19 de abril de 2018, o Caboclo Marcellino foi absolvido de todas as acusações, no 3º Júri Simulado, promovido pela Defensoria Pública da Bahia. Isso teve grande significado para os Tupinambá de Olivença, que têm lutado para que seja conhecida a história real desse grande herói dos povos indígenas. No site da Defensoria, estão postas as palavras da diretora da Escola Superior DPA/Bahia, Firmiane Venâncio, quando disse que “esse julgamento foi muito representativo, até porque o Brasil vive um problema, que é a criminalização das lideranças dos povos indígenas, negros, dos movimentos sociais. É importante conhecer esses personagens para sabermos por que que a gente errou nesse ponto da história que vivemos hoje”. 

Fig. 3: Júri simulado, promovido pela Defensoria Pública da Bahia, em 2018.
"Julgo improcedente a ação penal movida contra Marcelino José Alves, índio caboclo Marcelino, absolvendo-o de todos os crimes que lhe foram atribuídos na denúncia” – sentenciou o simbólico Egrégio Tribunal do Júri. In: Defensoria Pública. Foto: Defensoria Pública.


Em 2014, o Instituto Anísio Teixeira enviou à Escola Estadual Tupinambá de Olivença o do Curso de Interpretação e Produção de Vídeos Estudantis. Em duas semanas, a comunidade escolar indígena se empenhou na aquisição e prática de conhecimentos técnicos da arte de interpretar e de fazer registros em vídeo. Quando da escolha do roteiro a ser gravado, não pensaram duas vezes: indicaram o Caboclo Marcellino como tema para a produção audiovisual. Assim, o livro escrito por Katu Tupinambá e Casé Angatu foi transposto para a tela, tendo, como atores, a comunidade escolar indígena, que se revezaram nos bastidores como produtores, cinegrafistas, continuístas, aderecistas e maquiadores, etc.

Fig. 4: Professor Nildson B. Veloso, de branco,
dirigindo uma cena de Caboclo Marcellino. Foto: Geraldo Seara.

Durante as aulas, ensaios e gravações, houve momentos para reflexões e identificação da velha fórmula de sempre: desqualificar para neutralizar; desinformar para confundir e dominar; martelar a mesma informação falsa para influenciar. Ao longo dos séculos, em toda parte, a depender dos interesses, o padrão se repete. Foi assim também quase dois mil anos atrás...
Assista ao documentário sobre a formação:



Que não seja apenas este dia dedicado aos primeiros habitantes desta terra. 


Geraldo Seara
Professor da Rede Pública Estadual de Educação da Bahia


Saiba mais:
Composição do estudante indígena Juninho Tupinambá contra o preconceito:
Preconceito Não!


Série Faça Acontecer:
Ana Beatriz, estudante Tuxá, premiada no FACE 2011.



REFERÊNCIAS
Júri Smulado realizado pela Defensoria Pública da Bahia: http://defensoria.ba.def.br/arquivo/noticias/ilheus-juri-simulado-da-defensoria-absolve-o-indio-caboclo-marcelino-de-todas-as-acusacoes

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Em Linguística, hipercorreção também chamada ultracorreçãoé um fenômeno muito presente no cotidiano dos falantes de uma língua, que, nas palavras da professora Stella Maris Bortoni-Ricardo, “decorre de uma hipótese errada que o falante realiza num esforço para ajustar-se à norma-padrão. Ao tentar ajustar-se à norma, acaba por cometer um erro”, (BORTONI-RICARDO, 2004 p.8, apud SANTOS). Há várias definições para o fenômeno, sendo algumas bem sofisticadas, mas, resumindo, é fazer correção onde não há erro. E isso acontece por diversos motivos, desde simples analogias ao que já foi aprendido, passando pela insegurança linguística, até o esforço de falar difícil.

Como exemplos de analogia às formas já aprendidas, os mais corriqueiros vêm de falantes que aprendem a dizer telha em vez de teia e velha em vez de véia e que passam a dizer também telha de aranha e injeção na velha.  

De acordo com o professor Cláudio Moreno, “não é qualquer pessoa que comete erros de hipercorreção; paradoxalmente, eles só atacam os falantes que têm certo grau de estudo, preocupados honestamente com o correto uso do idioma”, (MORENO, 2009). Há casos em que alguns falantes chegam a repetir um termo que a outra pessoa disse, de modo hipercorrigido, com a intenção de apenas “educar”, pois julga estar fazendo a coisa certa. 

A palavra privilégio, por exemplo, é uma das preferidas, ao ser repetida pelo outro interlocutor como previlégio, numa tentativa de ensinar “o certo” ao outro. Esse erro, talvez, acontece, por conta dos usos cotidianos do prefixo pré, como em pré-pago, pré-escola e de palavras como previdência, previsão, previsto, presidente, prepotência, preposição, etc. Nesse caso, o falante acaba trocando o i pelo e, tentando seguir um padrão. 

Essa é só uma forma bem simples de tentar entender parte desse processo. Entre pessoas comuns, a hipercorreção ocorre de modo corriqueiro, sem traumas. 

Já entre pessoas públicas e/ou famosas, o caso vai parar na mídia! Foi assim com o ministro, quando disse em público: haverão (sic) mudanças” no Enem. O caso foi manchete em tudo quanto é jornal e nas redes sociais. O alarde teve um lado positivo, pois muita gente ficou sabendo da regra com o verbo haver, que quando significa ocorrer, existir, etc., é impessoal e, portanto, deve permanecer na 3ª pessoa do singular. Mas quem está livre desses escorregos na língua? O falante aludido aqui não era apenas ministro: a pasta dele era da Educação, daí a exigência da multidão. Mas quando essa exigência se faz a alguém que não teve acesso ou precisou deixar a escola pra trabalhar, passa a configurar preconceito linguístico.  

Nos anos sombrios da ditadura, houve um outro tipo de correção. Essa, sim, era perversa e cheia de más intenções. Considerando nossa imensa área territorial e toda a diversidade linguística decorrente disso, é um crime censurar alguém pelo registro que utiliza para se comunicar, ou pelo estilo que deseja imprimir em suas obras. E se essa comunicação se faz pela poesia, ainda mais dor causa a censura. Assim, erra quem tenta corrigir a voz de um Patativa do Assaré, quando ele diz basta vê no mês de maio, um poema em cada gaio, um verso em cada fulô”. Que maldade corrigir um Adoniran Barbosa por conta do seu “Tiro ao Alvaro. Quem não cantou e ainda canta ‒ “De tanto levar frexada do teu olhar…”.  

Sim, censores, o teu olhar mata mais que atropelamento de artomorve, mais que bala de revorve”.



"A hipercorreção da ditadura contra 'Tiro ao Álvaro', de 1974. Documento oficial da DCDP (Divisão de Censura de Diversões Públicas), em que consta censura à letra da música "Tiro ao Álvaro", de Adoniran Barbosa, em 1974. O órgão da ditadura militar que atuou entre 1964 e 1985. Este e outros acontecimentos documentos podem ser vistos em www.memoriasreveladas.gov.br". Imagem e descrição extraídas de <http://www.advivo.com.br/blog/joao-paulo-caldeira/clone-de-fotos-charges-e-tirinhas-230>

REFERÊNCIAS: MORENO, Cláudio. Hipercorreção. Disponível em < http://sualingua.com.br/2009/05/11/hipercorrecao/ >. Acessado em 13/07/2018.  
SANTOS, Edson. O fenômeno da hipercorreção linguística: entenda um pouco mais. Disponível em <https://revistaidentidade.webnode.com.br/news/o%20fenomeno%20da%20hipercorre%C3%A7%C3%A3o%20linguistica%3A%20entenda%20um%20pouco%20mais/>. Acessado em 13/07/2018.  

Geraldo Seara  
Professor da Rede Pública Estadual de Educação.

Texto publicado originalmente em http://blog.pat.educacao.ba.gov.br/blog/2018/07/19/hipercorrecao/

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Corpo de Bombeiros Militar da Bahia: luz, câmera, ação!

Olá, pessoal!
Nos dias 27, 28 e 29 de novembro, no Instituto Anísio Teixeira (IAT), a Rede Anísio Teixeira ministrou um Workshop sobre produção audiovisual. O mesmo teve, como publico de destino, alunos oficiais do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia. Foram quarenta e oito participantes que, durante os três dias de evento, demosntraram muito interesse e proatividade em relação ao conteúdo abordado.
Fig.1: Alunos oficiais do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia durante o Workshop. Foto: Rodrigo Maciel

Esse encontro possibilitou, por demanda do Corpo de Bombeiros, o trabalho com um dos cinco módulos (Uso de software e licenças livres, Produção textual para multimeios, Fotografia, Produção audiovisual e Rádio) que fazem parte da formação “Produção de Mídias na Educação” da Rede AT. Nesse sentido, durante os encontros, foi trabalhado o módulo de “Produção audiovisual”, considerando seus processos de concepção e produção. Na oportunidade, os cursistas aprenderam noções básicas de roteiro para ficção, documentário e vídeo tutorial, etapas de produção, linguagem audiovisual e edição de vídeo. Também, durante todo o evento foram abordados temas voltados para questões éticas, tais como: direito autoral, licenças livres, autorização para uso de imagem e áudio e boas relações interpessoais.
Fig.2: Professor Geraldo Seara em aula de edição audiovisual Foto: Marcus Leone

Durante o workshop, os cursistas conheceram os equipamentos usados em diversas produções audiovisuais da Rede AT. Contudo foram priorizadas e trabalhadas técnicas eficientes para uso de celulares na realização dos vídeos, pois trata-se de um dispositivo móvel de fácil portabilidade, que os militares dispõem e através do qual podem fazer uso nas produções mais simples, considerando seus objetivos.
Fig.3: Cursistas exercitado captação de imagem e som com o professor Marcus Leone. Foto: Geraldo Seara.

Fig.4: Cursistas em aula de captação de imagem com o técnico Rodrigo Maciel e o professor Marcus Leone. Foto: Geraldo Seara.

Os processos audiovisuais de ensino e aprendizagem, durante o evento, se desenvolveram mediante práticas pedagógicas há muito fundamentadas nas atividades da Rede Anísio Teixeira, ou seja: em tais processos, a perspectiva efetivamente dialógica, contextualizada, ética, crítica e a realização colaborativa de conteúdos autorais são inerentes ao Know how formativo e de produção de conteúdos da Rede Anísio Teixeira.
Fig.5: Cursistas assistindo ao vídeo produzido por eles durante o processo. Foto: Peterson Azevedo.

Nos três dias, os mediadores (professor Geraldo Seara, professor Marcus Leone e o técnico Rodrigo Maciel) e os cursistas aprenderam e ensinaram muito. Foram momentos de teorias, experimentações e muita reflexão. O ensino e a aprendizagem, mais uma vez se fizeram em via de mão dupla. Os formadores, assim como os cursistas, aprovaram a interação e os conhecimentos adquiridos durante as aulas. “O conhecimento sobre a produção de vídeos vai servir para a nossa construção de vídeos educativos, prevencionistas para que o Corpo de Bombeiros chegue mais perto da sociedade”, disse a aluna oficial Arilma Santos. O aluno oficial Gilvã Rodrigues também disse: “É importante esse curso para nosso trabalho porque estamos buscando fazer um tutorial que possa levar uma mensagem para toda a comunidade”.
Fig.6: Cursistas em simulação para gravação de cena. Foto: Rodrigo Maciel

Certamente, para ambos os lados, foram momentos importantes e significativos de aprendizagem. Como em vários momentos do curso, após cada assunto abordado, os mediadores ouviram dos cursistas, de forma enfática, o termo “MB”, sem dúvida, a Rede Anísio Teixeira retribui, com o mesmo entusiasmo, o referido termo que significa “MUITO BOM!” Isso se destina tanto para os participantes da formação quanto para todo o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia. E é exatamente assim que podemos definir os ganhos desse processo.
Sigamos em frente com força e sensibilidade sempre!
Fig.7: A turma reunida com os professores Geraldo Seara e Marcus Leone. Imagem feita por um dos cursistas.

Marcus Leone Oliveira Coelho
Professor da Rede Pública Estadual de Ensino da Bahia

Publicado originalmente em
http://blog.pat.educacao.ba.gov.br/blog/2017/12/03/corpo-de-bombeiros-militar-da-bahia-luz-camera-acao/

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Papa Zodiac legendado


Em 2016, tive o prazer de conviver com o "raggae pastor" Papa Zodiac, um cara muito simples e talentoso cujas canções espalham amor e paz, tanto para Rastafaris, quanto para os que estão de fora do movimento. Nesta entrevista, Papa fala do Zimbábue, seu país de origem, e da primeira experiência dele sobre um Trio Elétrico, na Micareta de Feira de 2016. A entrevista, em inglês, está  legendada em português. A produção fei feita em parceria com os colegas da Contramão Produções.


quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Resultados do curso realizado em Côcos-BA


Eis mais um resultado da formação em interpretação e produção de vídeos da Rede Anísio Teixeira, como foco na história local. Durante a construção do roteiro já dava para perceber que o filme revelaria fatos ainda não conhecidos pela maioria dos coquenses. O roteiro trazia a história em volta de um sítio arqueológico descoberto por acaso, durante a construção de uma rodovia, no município de Côcos, fronteira com Minas Gerais. Ao chegar no local, conduzidos pelo professor Fábio Barros (História), fomos impactados pela beleza do lugar que, de fato, precisa ser cuidado e preservado. Vimos e registramos inscrições gravadas nas rochas que podem ter sido feitas há muitos anos e isso precisa ser investigado por autoridades competentes no assunto. Ali fizemos tomadas incríveis, passando a ser, o lugar, o protagonista. Filme pronto e divulgado: os estudantes e professores se viram e aprovaram. Foi uma festa!





Se nada mais tivesse acontecido, nós da Rede Anísio Teixeira, como professores-formadores já estaríamos satisfeitos com a ampliação do conceito de leitura, tão necessária para as intervenções críticas que precisamos fazer, ainda mais diante de tanta manipulação da grande mídia. Nem todos em Côcos sabiam da existência do espaço escolhido para as gravações, muito menos sobre a importância histórica e cultural daquela região que precisa passar por estudos.

Visite a Plataforma Anísio Teixeira para mais vídeos.




quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Preconceito não!



Apesar de tantos apelos, ainda convivemos, diariamente, com situações de preconceito explícito que não deveriam mais existir. A Rede Anísio Teixeira tem se empenhado na produção, catalogação e difusão de conteúdos que, entre outros alcances educativos e educacionais, possam promover reflexões sobre a nossa formação etnorracial, sobre as questões de gênero e de inclusão. Essas questões podem ser percebidas nos programas e séries produzidos e nos demais conteúdos digitais catalogados no Ambiente Educacional Web.

Dada a possibilidade de caminharmos por vários dos Territórios de Identidade da nossa terra, temos tido o privilégio de ver e ouvir outros modos de ser e de contar histórias, desfazendo mitos e preconceitos. Aliás, sobre isso, durante o período que passamos em Olivença, setembro passado, para o Seminário e Caminhada Caboclo Marcelino, gravamos um videoclipe para a música Preconceito Não, composta pelo estudante Carlos Alberto Pereira de Araújo Junior, da Escola Indígena Tupinambá de Olivença. O vídeo acaba de sair do forno e já consta na lista de professores para uso pedagógico! Parabéns aos integrantes de Banda JM.