quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Rede Anísio Teixeira em Côcos - BA


Rede Anísio Teixeira realiza formação no Colégio Estadual de Côcos, município do Oeste baiano, quase na fronteira com o estado das Minas Gerais.

Centro de Côcos. Foto: Geraldo Seara

Côcos é uma cidade hospitaleira, cujo povo recebe com alegria seus visitantes. A receptividade dos estudantes e professores do colégio não foi diferente, transformando os momentos da formação em um grande encontro, igual ao de velhos amigos.

Andar nas ruas da cidade é como visitar um grande celeiro cultural, feito de pessoas de vários sotaques, que põem cadeiras na porta da rua, ao entardecer e que dizem “trem” e “uai”. Também pudera! A cidade está a poucos quilômetros da fronteira com os estados das Minas Gerais e de Goiás. Fazem parte do povo do lugar, também, paulistas, gaúchos, dentre as várias origens, contribuindo para a sonoridade das falas. 


Estudantes a caminho do set de filmagem. Foto: Geraldo Seara

Desde 29 de julho, os estudantes e professores têm mergulhado na interpretação e no mundo audiovisual, através de uma das ações da Rede Anísio Teixeira que é a de formação. O curso, intitulado Intensivo de Interpretação e Produção de Vídeos Estudantis, instrumentaliza os participantes para outras leituras e escritas, tendo a câmera como lápis e a tela como papel. Em Côcos, também participaram do curso o professor Fábio, a professora Edilce e o funcionário Renan.


Prof. Nildson, prof. Edilce, prof. Fábio juntos com os estudantes, 
durante o curso

O curso é constituído de 4 etapas, sendo a primeira de contato com a escola, realizado por Marta Helena, para inscrições e seleção dos participantes. A seguir começamos um minicurso a distância, para a construção de argumentos e roteiros, mediado pelo professor Marcus Leone (Roteiro). As etapas seguintes - presenciais - são conduzidas pelos professores Nildson B. Veloso (Interpretação), euPeterson Azevedo e Rodrigo Maciel (Realização). 

  

Elenco de A História de um Sítio. Foto: Luana Nunes

A história escolhida pelo grupo conta um pouco da situação em que se encontra o sítio arqueológico, localizado na Fazenda Tatu, no município de Côcos, local que necessita da atenção das autoridades para a preservação da memória dos seus antigos e primeiros habitantes, estes expulsos do lugar. Assim, além de aprenderem mais sobre a própria história, os estudantes pretendem realizar uma intervenção na situação atual do sítio, visando à preservação desse valioso patrimônio.


Equipe de Arte confeccionando uma saia. Foto: Geraldo Seara

Nesta etapa de realização os estudantes se escalam para as várias funções no set, contribuindo com o que têm mais afinidade. Uns se encarregam do roteiro, outros da produção, outros do figurino e assim por diante. É no set, com a prática, que o aprendizado se consolida.


Making of de A História de um Sítio. Foto: Geraldo Seara


Equipe de Maquiagem. Foto: Geraldo Seara


Aderecista. Foto: Geraldo Seara
Indígenas a postos para a gravaçao. Foto: Geraldo Seara
Os capangas prontos para atuar. Foto: Geraldo Seara


Maquiagem para uma das cenas mais dramáticas

E começam as gravações. Atrás das câmeras, os que não estão em cena, mas todos precisam ficar atentos. Observar, fotografar e fazer anotações continuam valendo. É por isso que temos como ilustrar esta postagem.


Making of de A História de um Sítio. Foto: Luana Nunes


Professor Peterson Azevedo. Foto: Geraldo Seara


No set, o conteúdo das aulas se revela. Foto: Luana Nunes
  
Professor Rodrigo Maciel no Making of de A História de um Sítio. Foto: Luana Nunes


Cena de A História de um Sítio. Foto: Luana Nunes



O tempo todo contamos com o apoio irrestrito da diretora do colégio, a professora Carliene Oliveira e do professor Fabio, sempre atentos e a postos para contribuir na produção do filme, do transporte à alimentação... Abaixo, Carliene ajuda a preparar os cartazes para a cena final. Além disso, a diretora fez uma participação especial, interpretando a escrivã do cartório. O professor Fábio interpretou o personagem que se apossou das terras dos indígenas.


O professor Fábio Lopes orientou a construção das frases
Foto: Geraldo Seara


A diretora Carliene produzindo material para a cena final
Foto: Geraldo Seara
Finalizamos nossas gravações com a cena da manifestação pública, para chamar a atenção das autoridades sobre a urgente necessidade de reverter o quadro de abandono do Sítio Arqueológico de Côcos. 


Making of da manifestação nas ruas de Côcos. Foto: Carliene Saoli


Pose na porta da prefeitura

Às margens do rio Itaguari, gravamos entrevistas com o professor Fábio e a diretora Carliene. Seus depoimentos puseram mais peso de responsabilidade sobre nossos ombros, junto com doses de ânimo e otimismo para continuarmos nossa jornada. Só temos a agradecer por tudo o que colhemos aqui e, em nome da Rede AT, abraçamos a todos do Colégio Estadual de Côcos que estiveram, direta ou indiretamente envolvidos na produção. Destaque para as merendeiras cuja dedicação e temperos não nos deixaram fraquejar.


A diretora Carliene, em entrevista à equipe da Rede AT
Foto: Fábio Lopes


O professor Fábio Lopes, em entrevista à equipe da Rede ATFoto: Carliene Saoli



Próxima parada: Senhor do Bonfim - BA. Obrigado, Senhor por pessoas tão generosas e empenhadas!

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segunda-feira, 6 de julho de 2015

Curso de interpretação para os Tupinambá

Desembarcamos nas terras do sul da Bahia para um grande encontro. Na bagagem, planos de aula e equipamentos de captura de imagem e som. Na cabeça, histórias que os livros ainda contam, com os recortes de quem manipula os fatos. Como de todo encontro ninguém sai o mesmo, tanto nós quanto eles desfizemos essas histórias únicas e perigosas, como nos adverte a escritora africana Chimamanda Adichie. Nossa bagagem voltou mais cheia.Voltamos nutridos de uma outra História, bem diversa daquela que certas mídias perpetuam. Formamos atores e eles nos formaram colaboradores.
Depois de uma semana de exercícios intensos de interpretação, na hora de escolher qual história gravar, os Tupinambá não tiveram dúvida. Foi assim que o Caboclo Marcellino surgiu, contrastando as páginas dos jornais locais que, desde 1936, insistem em contar uma única versão. Agora, de posse dos recursos audiovisais, mais pessoas podem se informar sobre o herói nativo da terra que, pelo fato de saber ler e escrever, foi considerado bandido, um perigo até para o seu próprio povo. Durante o tempo da perseguição, ao ver seus parentes mortos e torturados para que informassem o seu paradeiro, o Caboclo Marcelino se entregou. Hoje, ninguém sabe o seu paradeiro. Foi essa a história que quiseram contar. E contarão muitas mais… O A TARDE Educação fez questão de tratar do assunto. Veja aqui.
Aqui vai o making of do processo de formação e produção:
E, aqui, o resultado final:

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Bullying: urge detectar


Os bullies estão em toda parte. Seus filhos podem estar entre as vítimas ou mesmo ser um deles! Como nem sempre as denúncias são feitas, por medo, ou pela certeza da impunidade, muitos dos estudantes assediados permanecem calados.

Neste episódio da série Cotidiano, da TV Anísio Teixeira, abordamos o assunto, partindo de uma situação bem corriqueira,, mas que segue ignorada por muitos nas escolas. O bullying é coisa séria e precisa ser detectado, discutido e combatido.

Veja Respeito é bom.