Desde lá de São João do Panelinha, do tempo em que eu ouvia dizer que na cidade grande tinha um rádio que dava pra ver as pessoas dentro, que eu alimentava o desejo de mexer nessas geringonças que armazenam sons e imagens. Além do rádio, tinha o retratista, que de muito ilustre e requisitado, fazia crescer o mistério e o fascínio por trás daqueles mundos - o dos artistas e o dos bastidores. O custo daquelas geringonças, embora estratosférico, não desanimava! E ainda se tinha que ir pra Bahia ou pro Sul pra fazer curso e coisa e tal. Então já eram muitos os motivos pra deixar Panelinha, pra ver o mundo, pra estudar, pra trabalhar e juntar...
Demorou um tempão até ver o tal rádio com gente dentro, e outro tanto até conseguir botar a mão numa primeira Kodak Tira-teima cujo filme demoraaaaava pra revelar! Foi massa ver a foto tirada pelo turista, lá no Lacerda, com resultado na hora! Aí, o tempo entre os saltos tecnológicos começava a diminuir: o K-7 já acompanhava o lançamento dos Long Plays e o toca-fitas também já podia gravar. Gravava de tudo: do rádio, da TV, todo tipo de ruído - de trem, de ônibus, de chuva, de passos, trilhas para um futuro...
Um dia, o videocassete ficou acessível, em 24 vezes! Mais tarde, a possibilidade de juntar dois, pra copiar e colar - antecedentes do ctrl+c, ctrl+v! Enquanto não chegava a filmadora, esperava pacientemente, gravando, cortando e colando com um único cabo coaxial, sem nem saber que aquilo era edição.
Criei um monte de Frankensteins, misturando canais e programas, numa salada medonha! Ninguém gostava do produto final. Eu sim!
Demorou um tempão até ver o tal rádio com gente dentro, e outro tanto até conseguir botar a mão numa primeira Kodak Tira-teima cujo filme demoraaaaava pra revelar! Foi massa ver a foto tirada pelo turista, lá no Lacerda, com resultado na hora! Aí, o tempo entre os saltos tecnológicos começava a diminuir: o K-7 já acompanhava o lançamento dos Long Plays e o toca-fitas também já podia gravar. Gravava de tudo: do rádio, da TV, todo tipo de ruído - de trem, de ônibus, de chuva, de passos, trilhas para um futuro...
Um dia, o videocassete ficou acessível, em 24 vezes! Mais tarde, a possibilidade de juntar dois, pra copiar e colar - antecedentes do ctrl+c, ctrl+v! Enquanto não chegava a filmadora, esperava pacientemente, gravando, cortando e colando com um único cabo coaxial, sem nem saber que aquilo era edição.
Criei um monte de Frankensteins, misturando canais e programas, numa salada medonha! Ninguém gostava do produto final. Eu sim!
Finalmente, já na Academia, a câmera! E junto com ela o Adobe! Boom! O primeiro vídeo! E sendo o primeiro, há que se saber que era tudo novo, noutra lógica, em equipe, com prazo curto e tra/va/men/to do sistema que o Biu Gueites inventou... Mas ficou pronto. É um marco: Boa "Leitura" pra você.